segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Como ajudar o aluno com TDAH



Ele é impaciente, não presta atenção, não segue instruções, é esquecido e ainda contamina toda a classe com sua impulsividade. Reconheceu esses sintomas em alguns de seus alunos? Pode ser que ele seja um portador do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), ou não. O diagnóstico não é tão simples e deve ser feito por um médico. O TDAH é uma das doenças psiquiátricas mais comuns na infância e frequentemente persiste até a idade adulta. A prevalência do transtorno é de aproximadamente 5,29% na população, segundo estudos, com predomínio no sexo masculino. De acordo com o médico psiquiatra Carlos Renato Moreira Maia, pesquisador do Programa de Déficit de Atenção e Hiperatividade (ProDAH) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, o TDAH é caracterizado por sintomas de falta de atenção e/ou hiperatividade e impulsividade (ver box), que causam prejuízos ao indivíduo em ao menos dois ambientes – em casa e na escola, por exemplo.
Maia explica que o diagnóstico do transtorno é clínico, ou seja, é baseado na descrição dos sintomas relatados pelo indivíduo, seus pais ou outras pessoas de seu convívio, professores e educadores. “Conforme o Manual de Diagnóstico e Estatística – IV Edição (DSM-IV) da Associação Americana de Psiquiatria, são necessários seis sintomas de desatenção e/ou seis sintomas de hiperatividade/impulsividade. Para que se estabeleça o diagnóstico de TDAH, esses sintomas devem ser mais frequentes e severos do que o esperado para a faixa etária do indivíduo”, observa o médico, mestre e doutorando em Psiquiatria e especialista em Psiquiatria da Infância e Adolescência. Além disso, continua Maia, é necessário que tais sintomas estejam presentes antes dos 7 anos de idade, causando prejuízo à criança em dois ou mais ambientes, e que não sejam justificados por algum outro transtorno mental. “É importante destacar que não existem exames que estabeleçam o diagnóstico, como exames de sangue, imagem ou eletroencefalograma”, completa.
Maia também alerta que, por se tratar de uma doença, o diagnóstico só pode ser feito por um médico, preferencialmente com experiência em TDAH (psiquiatra da Infância e Adolescência, neurologista infantil ou pediatra). “Existem outras doenças psiquiátricas com sintomas semelhantes ao TDAH, mas somente profissionais experientes conseguem fazer o diagnóstico diferencial”, adverte.
Frente a um problema tão complexo, como o professor deve agir? O psicólogo Ronaldo Ferreira Ramos, diretor executivo da Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA), ressalta que o professor é um dos primeiros a identificar o comportamento diferenciado da criança. “Geralmente é na escola que as crianças com TDAH apresentam os primeiros sintomas do transtorno, porque têm que ficar sentadas, obedecer a regras, se concentrar”, comenta. E orienta que a primeira coisa a ser feita nesses casos é chamar os pais para conversar e sugerir que busquem ajuda de um especialista.
Ainda segundo Ramos, assim que a criança for diagnosticada deve ter início um acompanhamento multidisciplinar que, na opinião dele, pode contar com um terapeuta, um psiquiatra infantil ou outro médico conforme a necessidade. “A partir do momento que é iniciado o tratamento, a melhora na escola e na vida social da criança é visível”, enfatiza, elencando entre os benefícios obtidos a melhora na autoestima, na socialização e na concentração.
Na escola
Para Bárbara Delpretto, professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), educadora especial e Mestre em Educação, o professor pode e deve realizar uma avaliação “enquanto processo e ato que permite valorizar se há o acesso aos saberes culturais por parte do aluno, e que estão na base da aprendizagem escolar. Neste sentido, falamos de avaliações distintas, realizadas por diferentes profissionais”.
Para que o professor possa realmente ajudar esse aluno, primeiramente deve procurar se informar sobre as características do TDAH. “É a partir deste conhecimento que há a possibilidade de ajustamento dos métodos e da temporalidade das atividades escolares, tornando-as mais acessíveis”, explica Bárbara. Após o conhecimento inicial dessa necessidade especial, ela recomenda que o professor registre o comportamento do aluno no horário de aula quanto à irritabilidade, à inquietude e à agitação. E acrescenta: “se o aluno demonstra conhecer o conteúdo, mas não consegue terminar todas as atividades devido a algumas destas características observadas frequentemente, é possível que haja a perda da atenção por fatores não somente ambientais. O déficit de atenção/hiperatividade é um quadro psicopatológico complexo e que afeta todo o desenvolvimento psicoemocional, cognitivo e social do sujeito, e por esta razão, a intervenção junto a ele deve ocorrer em diversas dimensões”.
O psiquiatra Carlos Maia ressalta que os docentes devem estar cientes de que são pessoas importantíssimas nesse processo. “Os professores têm a oportunidade de detectar as alterações no comportamento da criança, quando comparada a outros indivíduos da mesma faixa etária”, considera. O médico também salienta que, em uma sala com aproximadamente 30 alunos ou mais, os que apresentam TDAH não são somente aqueles com comportamento mais hiperativo, mas também aquelas crianças quietas e pouco participativas, que muitas vezes não são percebidas até que apresentem importantes dificuldades escolares.
Ele reforça que o TDAH é uma doença, e não um problema de caráter ou personalidade: “o comportamento hiperativo/impulsivo não é proposital, e melhora significativamente com o tratamento adequado. Ao perceberem uma criança com características compatíveis com TDAH devem pedir aos pais que providenciem uma avaliação psiquiátrica adequada. A observação dos professores poderá ser fundamental para o futuro dessas crianças”.
Rotina escolar
O presidente da ABDA acredita que a escola – e também a família – precisa estar preparada para lidar com essas crianças. “Os pais e os professores devem ter muita informação sobre o transtorno, quanto maior o grau de informação, melhor. E os pais devem conversar com os professores, saber se eles estão informados sobre o assunto e, se não conhecem, devem pedir que procurem orientação. Pais e professores devem manter diálogo constante, a fim de contribuir para o aprendizado e o desenvolvimento dessa criança”, afirma.
A professora Bárbara concorda que os profissionais que acompanham o aluno na escola e a família devem buscar informações sobre o desenvolvimento, o comportamento, os interesses e avanços do aluno em questão. “Isso para que possam celebrar as melhorias no tratamento e o ganho obtido na qualidade de vida. Ou mesmo para que possam analisar a necessidade de readequação do tratamento em vistas à rotina escolar e às demandas e atividades desenvolvidas por ele neste espaço”, observa.
A educadora afirma que o acompanhamento do aluno com TDAH por uma equipe multiprofissional tende a colaborar para que o trabalho em diversas dimensões tenha sucesso. “Mas reforço que é sempre fundamental que estes profissionais conversem, ouvindo o que o sujeito e a família têm a falar”, reafirma. E exemplifica dizendo que, muitas vezes, a medicação dada ao aluno, variando de acordo com a posologia, o deixa sem energia no período de aula. Neste sentido, é necessário indicar essas características comportamentais à família para que ela e o médico que acompanha o aluno possam verificar se existem outras possibilidades que não interfiram negativamente nas atividades e na saúde do estudante.
Ela ainda enfatiza que cabe aos pais ou responsáveis pelo aluno reger o equilíbrio que deve haver entre os diferentes profissionais em atuação, indicando as prioridades desejadas a partir das necessidades observadas na criança, proporcionando, assim, ambientes estruturados para a convivência sadia. “Os pais também precisam buscar por informações a respeito do transtorno do déficit de atenção/hiperatividade, de modo que possam adequar as possíveis exigências domésticas a estas necessidades, proporcionando a ela [criança] um espaço adequado para o seu desenvolvimento”, finaliza.
http://www.todospelaeducacao.org.br/

O TDAH na Escola (Matando um leão a cada dia)


            Segundo Russel A. Barkley as crianças com TDAH tem grandes dificuldades de ajustamento diante das demandas da escola.
            É de extrema importância que alunos com TDAH sejam motivados. Em nossa prática no dia a dia, orientando professores de crianças portadoras de TDAH, freqüentemente encontramos crianças com dificuldades seríssimas em termos de relacionamento, comportamento e também de aprendizagem, conseguirem uma melhora significativa quando mudam de professor. “A criança com TDAH tem que engolir o professor junto com a matéria”. Sua inconstância de atenção e não déficit de atenção, fazem com que elas sejam capazes de uma hiper concentração quando houver motivação.
            Aí vem a grande dificuldade, professores, diretores, e toda uma equipe de apoio, sem o devido conhecimento sobre o TDAH, classes cheias de crianças com TDAH, com os professores sem saber o que fazer nem como lidar com elas, professores desmotivados,mal pagos, com seu 13º salário na Suíça, salas de aula super lotadas, vamos encontrar turmas e mais turmas de “alunos especiais”, que não conseguem nem ao menos serem alfabetizados, que inevitavelmente ao faltar estrutura familiar que possa funcionar como seus “freios inibitórios”, vão evoluir para evasão escolar, droga e delinqüência. Temos constantemente orientado as escolas para selecionarem professores que tenham perfil para lidarem com crianças portadoras de TDAH, que sejam democráticos, solícitos, amigos, compreensivos e empáticos e não desorganizados, hiperativos e impulsivos como ela. Crianças com TDAH não tem que estar em turmas separadas, elas não tem problemas cognitivos, aprendem muito bem quando tratados adequadamente por uma equipe interdisciplinar.
            Temos que aprender a lidar com estas crianças, conhecer suas limitações, respeita-la e com criatividade descobrir como ela aprende melhor, e uma boa maneira de se fazer isto é perguntando a ela. Como você acha que aprende melhor?
            A criança portadora de TDAH do tipo predominantemente desatenta, é uma criança dócil, fácil de lidar, porém com dificuldade de aprendizagem desde o início de sua vida escolar, lenta ao copiar do quadro, lenta para fazer o dever de casa, necessidade de acompanhamento dos pais ou orientadores a vida toda; isto contribuirá para que tenha uma baixa auto-estima, podendo futuramente desenvolver comorbidades como por exemplo: Ansiedade generalizada e depressão entre outros.
            A tendência de pais , professores e diretores de escola é entender o comportamento destas crianças como desobedientes e desinteressadas e insistirem a valorizar as melhores cabeças, valorizando no trabalho escolar apenas a transmissão do conhecimento e a produção do trabalho escrito, valorizando mais a quantidade em detrimento da qualidade.
            Em casa não é muito diferente, pais desesperados que já visitaram muitos médicos,psicólogos, neurologistas, fonoaudiólogos etc, a procura de um tratamento adequado, um caminho muitas vezes tortuoso e conflituoso, num processo que pode levar meses e até anos.
            Outro dado importante a ser considerado é que estudos apontam sobre a persistência do TDAH na adolescência e vida adulta.(Rohde, 1997; Nadeau,1996). Werder (1990) por meio de pesquisas mais sistemáticas e longitudinais, reconheceu o TDAH na vida adulta também. As pesquisas recentes indicam que cerca de 70% dos adolescentes que apresentavam o problema quando crianças mantém o diagnóstico aos 14 anos. E embora não se tenha dados exatos, sabe-se que parte destes 70% ainda apresentará o TDAH no final da adolescência e ainda manterá o diagnóstico na vida adulta.
            O que parece acontecer na vida adulta, entretanto, é uma diminuição dos sintomas da hiperatividade,permanecendo os sintomas de desatenção e impulsividade.
            É importante que o profissional de saúde mental possa apoiar o professor em sala de aula. É importante que professores tenham pelo menos uma noção básica sobre o tdah, sobre a manifestação dos sintomas, e as conseqüências em sala de aula. Saber diferenciar incapacidade de desobediência é fundamental.
            Segundo Sam Goldstein e Michael Goldestein a criança hiperativa na escola é como “encaixar um prego redondo em um buraco quadrado”.
            É uma grande dificuldade para a criança hiperativa quando ela entra no jardim de infância, e precisa agora aprender a lidar com as regras, a estrutura e os limites, e o seu temperamento simplesmente não se ajusta muito bem com as expectivas da escola.
            Para ir bem nas provas, uma criança precisa não apenas exibir as aptidões que estão sendo avaliadas, mas também possuir a capacidade de ouvir e seguir instruções, prestar atenção e persistir até que a prova seja completa. A criança deve também ser capaz de parar para pensar qual seria, entre as várias opções a melhor resposta possível. Entretanto, as crianças hiperativas são fracos nessas áreas de aptidões e, portanto, as notas obtidas nas provas de inteligência muitas vezes refletem mais a sua hiperatividade que seu potencial intelectual. Algumas crianças hiperativas são muito brilhantes. A maioria está dentro dos limites médios e algumas, infelizmente, ficam abaixo da média em suas aptidões intelectuais.
            Crianças hiperativas muito brilhantes freqüentemente conseguem ter uma boa atuação durante o curso elementar (1ªséries do 1º grau) e é possível que não sejam consideradas crianças com problemas. As maiores aptidões intelectuais da criança permitem que ela compense sua incapacidade de continuar numa tarefa. Ela pode não se dedicar durante muito tempo, mas o tempo gasto nas tarefas muitas vezes resulta num trabalho completo e freqüentemente correto. Pode parecer que esta criança não preste atenção, mas quando solicitada geralmente sabe a resposta. Lembre-se: Ser desatento não equivale ser incapaz  de aprender. As crianças hiperativas, quando sua atenção é focalizada, são capazes de aprender tão bem quanto as outras.
            Entretanto nos últimos anos do 1º grau mesmo os adolescentes hiperativos mais inteligentes não conseguem acompanhar consistentemente o crescimento das exigências e responsabilidades educacionais para ter sucesso. Freqüentemente é durante estes anos escolares que se reconhece que os adolescentes hiperativos inteligentes estão vivenciando este padrão de dificuldade de comportamento, o que interfere em seu desempenho escolar.
            Um fator crucial para o sucesso do seu filho na escola é o professor e a capacidade que este professor tem para controlar a classe com eficiência.
            Esteja seu filho recebendo ou não serviços de educação especial, acreditamos que você tem o direito de participar ativamente da seleção dos professores do seu filho. Apresentamos a seguir uma lista do que procurar no professor ideal e no ambiente de aula ideal para a criança hiperativa. Estas sugestões baseiam-se numa combinação de pesquisa científica, julgamento profissional e senso comum. Algumas destas questões podem ser abordadas em conversas diretas com os possíveis professores, outras, conversando- se com pais cujos filhos trabalharam com um determinado professor, outras ainda podem ser avaliadas  observado-se a sala de aula. Esta lista também serve para projetar uma sala de aula para uma criança hiperativa.
-         O professor sabe sobre hiperatividade em crianças e está disposto a reconhecer que este problema tem um impacto significativo sobre as crianças da classe.
-         O professor parece entender a diferença entre problemas resultantes de incompetência e problemas resultantes de desobediência.
-         O professor não emprega como primeira ação o reforço negativo ou a punição como meios para lidar com problemas e para motivar na sala de aula.
-         A sala de aula é organizada.
-         Existe um conjunto claro e consistente de regras na classe. Exige-se que todos alunos aprendam as regras.
-         As regras da sala de aula estão num cartaz colocado na sala para que todos vejam.
-         Existe uma rotina consistente e previsível na sala de aula.
-         O professor exige e segue estritamente as exigências específicas referentes a comportamento e produtividade.
-         O trabalho escolar fornecido é compatível com o nível de capacidade da criança.
-         O professor está mais interessado no processo ( compeensão de um conceito) que no produto (conclusão de 50 problemas de subtração).
-         A disposição da sala de aula é definida, com carteiras separadas colocadas em fileiras.
-         O professor distribui pequenas recompensas sociais e materiais relevantes e freqüentes.
-         O professor da classe é capaz de usar um programa modificado de custo resposta.
-         O professor emprega punições leves acompanhadas de instruções para retornar ao trabalho quando a criança hiperativa interrompe o trabalho dos outras.
-         O professor ignora o devaneio ou a desatenção em relação a lição que não perturbe as outras crianças e , então, uma atenção diferenciada quando ela volta ao trabalho.
-         A menor razão aluno para professor possível (preferencialmente, um professor para oito alunos.
-         O professor está disposto a alternar atividades de alto e baixo interesse durante todo o dia em lugar de fazer com que o aluno faça todo o trabalho de manhã com tarefas repetitivas uma após a outra.
-         O professor está disposto a oferecer supervisão adicional durante o período de transição entre aulas, intervalos e durante outras atividades longas como reuniões.
-         O professor é capaz de antecipar os problemas e fazer planejamentos de antemão para evitar problemas.
-         O professor está disposto a auxiliar a criança hiperativa a aprender, praticar e manter aptidões organizacionais.
-         O professor está disposto a aceitar a responsabilidade de verificar se a criança hiperativa aprende e usa um sistema eficaz  para manter-se em dia com o dever de casa, e conferir se ela quando sai do prédio da escola, todos os dias, leva esse dever para casa.
-         O professor aceita a responsabilidade de comunicar continuamente com os pais. Para alunos o curso elementar, um bilhete diário e enviado para casa. Para estudantes das últimas séries do 1º e 2º grau, usam-se notas de progresso semanal.
-         O professor fornece instruções curtas diretamente à criança hiperativa e em nível que ela possa entender.
-         O professor é capaz de manter um controle eficaz sobre toda a classe, bem como sobre a criança hiperativa.
-         Preferencialmente a classe é fechada (quatro paredes ) nunca em ambiente aberto.
-         O professor está disposto a desenvolver um sistema no qual as instruções são repetidas e oferecidas de várias maneiras.
-         O professor está disposto a oferecer pistas para ajudar a criança hiperativa a voltar para o trabalho e a evitar que ela fique super excitada.
-         O professor está disposto a permitir movimentos na sala de aula.
-         O professor prepara todos os alunos para mudanças na rotina.
-         O professor entende como e quando variar seu método.
-         O professor é capaz de fazer um rodízio e uma alternância de estímulos e reconhece que aquilo pode ser recompensador para um aluno, pode não ser para outro.
-         Todos os estudantes aprendem um modelo lógico de resolução de problemas para lidar com problemas na sala de aula e entre eles mesmos (por exemplo: parar, ver, ouvir).
-         Um sistema de treinamento em atenção ou auto monitoramento é usado em sala de aula.
-         O professor parece capaz de encontrar algo positivo, bom e valioso em toda criança. Este professor valoriza as crianças por aquilo que são, não por aquilo que conseguem produzir. 

Estilo de atuação dos professores


            Segundo Edylein Bellini Peroni Benczik, os professores são bem diferentes em seus estilos pessoais: 
1º O professor autoritário: intolerante e rígido, valoriza somente as necessidades acadêmicas do aluno, focalizando apenas a produção de tarefas, tornando-se impaciente com a criança a medida que esta não consegue corresponder às suas expectativas. 
2º O professor pessimista, desanimado e infeliz, com tendência a ter uma visão categórica de todo mal comportamento e das tarefas inacabadas como proposital e por desconsideração a ele, não conseguirá estabelecer um bom relacionamento com a criança. 
3º O professor hiper crítico, ameaçador e “nunca erra”- certamente ficará frustrado pela dificuldade  da criança com TDAH em fazer mudanças adequadas rapidamente. 
4º O professor do tipo impulsivo, temperamental e desorganizado- poderá ter também uma experiência difícil dada a similaridade de seu comportamento com aquele tipicamente apresentado pela criança com TDAH. 
5º O professor que parece mais se ajustar às necessidades dos alunos com TDAH é aquele que se mostra:
 •Democrático, solícito, compreensivo.
 •Otimista, amigo e empático.
 •Dar respostas consistentes e rápidas para o comportamento inadequado da criança, não manifestando raiva ou insultando o aluno.
 •Bem organizado e administra bem o tempo.
 •Flexível no manejo dos vários tipos de tarefa.
 •Objetivo e descobre meios de auxiliar o aluno a atingir as suas metas.
Vanda Rambaldi
Psicóloga

4 dicas para lidar com crianças difíceis

Ainda que alunos difíceis sejam apenas crianças reagindo a emoções que elas próprias não entendem e não conseguem controlar, permanecer calmo e não levar o mau comportamento como uma ofensa pessoal podem ser tarefas árduas para o professor. Meu conselho: é hora de recomeçar do zero. 
Crianças “duronas” estão, normalmente, encobrindo algum tipo de sofrimento. Elas se defendem dessa dor erguendo paredes de proteção para evitar se sentirem rejeitadas. Entretanto, os esforços dos adultos para penetrar essas paredes costumam ser rejeitados através de linguagem, ações ou gestos ofensivos. Essas crianças são como bebês, incapazes de verbalizar a causa de seu desconforto – e que precisam desesperadamente de paciência, determinação e afeto, de professores ou familiares que se recusem a recuar. Aqui estão algumas formas de se conectar (ou reconectar) com estudantes que se fazem difíceis de gostar.
Expresse gratidão aos seus alunos difíceis
Por semanas seguidas, tente expressar algo de positivo para seus alunos difíceis todos os dias. Por mais desafiador que pareça, garanta que sua primeira interação com eles seja sempre acolhedora. Por exemplo, quando uma criança que chega constantemente atrasada e desinteressada aparecer, evite o impulso de ignorá-la ou repreendê-la. Ao invés disso, faça um comentário feliz por ela ter vindo. Por exemplo: “Eu estava esperando você chegar, que bom que veio! Bem vindo. Nós estamos corrigindo a tarefa de casa”.
Espere até que o resto da turma esteja ausente para então comentar sobre suas preocupações ou estipular consequências pelo mau comportamento. Mas faça-o de modo a demonstrar que se importa com o aluno, perguntando sobre o motivo do atraso, e não com irritação.
Use palavras de encorajamento todos os dias
Palavras de encorajamento mantém as crianças conectadas e motivadas em sala de aula. Abaixo estão dez exemplos. Encontre situações para introduzir ao menos alguns deles diariamente:
  • Isso foi muito bom!
  • Hoje, você se superou ao fazer _____________!
  • Eu fiquei muito impressionada quando você _____________.
  • Foi incrível ver você fazendo _________________.
  • Uau, você se esforçou muito nisso!
  • Você deve se orgulhar disso.
  • Essa tarefa não era fácil, mas você conseguiu.
  • Obrigada por cooperar.
  • Você me deixou muito feliz ao fazer ____________.
  • Parabéns!
Fale com seus alunos difíceis da mesma forma com que conversa com os mais comportados (foto: Google)
Fale com seus alunos difíceis da mesma forma com que conversa com os mais comportados (foto: Google)

Aja com seus alunos difíceis como age com seus melhores alunos
Quem é a criança mais comportada e motivada da classe? Quando você pensa nela, quais adjetivos lhe vêm em mente? Quando vocês interagem, quais comentários surgem naturalmente? Quando essa criança comete um erro, qual a sua reação? Por uma semana, tente agir da mesma forma com seus alunos mais difíceis e menos comportados.
Mande anotações positivas aos pais
Prepare um e-mail ou anotação em caderno que registre comportamentos positivos e outras conquistas da criança que você observou recentemente. Mostre o recado a ela antes de enviá-lo.
Mesmo se você não reparou em nenhum comportamento marcante, escreva uma mensagem positiva – como se a atitude que você está esperando já houvesse acontecido. Então, mostre o texto para a criança e pergunte a ela se acha que aquele é um bom momento para mandá-lo aos pais.

Este texto é uma tradução do artigo “Fresh starts for hard-to-like students”, do Edutopia. 

27 atitudes para lidar com um aluno com TOD


Alunos com TOD podem beneficiar muito se na escola/sala de aula forem feitas algumas adequações tendo em conta a sua personalidade.
Apresentamos de seguida uma lista de desafios comuns enfrentados pelos alunos com TOD e pelos profissionais que com eles lidam, bem como as possíveis adequações que podem ajudar ao seu sucesso na escola.
Soluções para a sala de aula
1- Se o seu aluno é facilmente distraído pela actividade da sala de aula ou por actividades vistas pelas janelas ou portas tente sentá-lo na frente ou no meio, longe dessas distracções.
2- Se o seu aluno tem atitudes de forma a chamar atenção pelo lado negativo, tente sentá-lo perto de um colega que seja um bom exemplo para a turma.
3- Se o seu aluno não tem noção do espaço pessoal; caminha entre as carteiras para ir falar com os outros alunos, tente aumentar o espaço entre as mesas.
Tarefas
4- Se o seu aluno for incapaz de terminar uma tarefa no tempo permitido, tente permitir um tempo extra para ele terminar a tarefa solicitada.
5- Se o seu aluno se sai bem no início de uma tarefa, mas a qualidade diminui próximo do final tente dividir as tarefas longas em partes menores; encurtar as tarefas ou os períodos de trabalho.
6- Se o seu aluno tem dificuldade em seguir instruções, tente combinar instruções por escrito com as instruções faladas.
Distracção
7- Se o seu aluno for incapaz de acompanhar as discussões em classe e as anotações, tente providenciar ajuda de um colega para tomar notas e perguntar ao aluno questões que o encorajem a participar nas discussões.
8- Se o seu aluno se queixa de que as aulas são chatas tente procurar envolvê-lo na apresentação da aula.
9- Se o seu aluno se distrai facilmente, tente estimulá-lo a prestar atenção na tarefa por meio de um sinal combinado com ele.
10- Se o seu aluno entrega trabalhos com erros, por falta de atenção, tente reservar um período de cinco minutos para conferir o trabalho ou a tarefa de casa antes de entregá-los.
Comportamento
11- Se o seu aluno exibir constantemente um comportamento para chamar a atenção, tente ignorar os comportamentos impróprios.
12- Se o seu aluno falha em descobrir o objetivo da aula ou da actividade, tente aumentar o imediatismo dos prémios e das consequências.
13- Se o seu aluno responde intempestivamente ou interrompe os outros tente admitir as respostas correctas somente quando o aluno erguer a mão e for autorizado a falar.
14- Se o seu aluno necessitar de reforço, tente enviar relatórios diários ou semanais para os seus pais.
15- Se o seu aluno necessitar de ajuda por tempo prolongado para melhorar o comportamento, tente estabelecer um contrato de comportamento.
Organização/Planeamento
16- Se o seu aluno não guardar os seus apontamentos correctamente, tente recomendar pastas com separadores ou arquivos.
17- Se o seu aluno tiver problemas em se lembrar dos trabalhos de casa, tente providenciar um livro de tarefas para o aluno; supervisione a anotação das obrigações.
18- Se o seu aluno perde os livros, tente permitir que o aluno tenha um conjunto de livros em casa.
19- Se o seu aluno é inquieto e necessita de andar na sala, tente permitir que o aluno ande pela sala ou que fique de pé enquanto faz determinada tarefa.
20- Se o seu aluno tem dificuldade em manter a atenção por longos períodos de tempo tente fazer curtas pausas entre os trabalhos.
Humor/Socialização
21- Se o seu aluno estiver confuso sobre os comportamentos sociais correctos, tente estabelecer metas de comportamento social com o estudante e faça um programa de premiações.
22- Se o seu aluno não trabalha bem com os outros, tente encorajar as tarefas cooperativas de aprendizado.
23- Se o seu aluno não é respeitado pelos colegas tente atribuir responsabilidades ao aluno, na presença do grupo de colegas.
24- Se o seu aluno tem baixa autoconfiança, tente elogiar o comportamento e o trabalho positivos; dar ao aluno a oportunidade de agir em papel de liderança.
25- Se o seu aluno parece solitário e distante, tente encorajar as interações sociais com os colegas de classe; planear actividades de grupo sob a direcção do professor.
26- Se o seu aluno se frustra facilmente, tente elogiar frequentemente o comportamento apropriado e o bom trabalho.
27- Se o seu aluno fica enraivecido facilmente, tente encorajar o estudante a sair de situações que provocam a raiva.

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