segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Como lidar com alunos com dificuldades em matemática?

20 estratégias escolares para crianças com Déficit de atenção ou TDAH

20 estratégias escolares para crianças com Déficit de atenção ou TDAH
Uma criança com Déficit de atenção ou TDAH,  pode apresentar também dificuldades de aprendizagem, déficits de percepção visual, auditiva, na sua capacidade para responder, na sua memória, na sua organização espacial, na sua lateralidade, sua capacidade de análise e síntese, etc. Estas áreas influem no desempenho na leitura, e da escrita, portanto algumas estratégias devem ser adotadas em sala de aula para que esta criança obtenha o interesse em participar das ações escolares e consequentemente seja motivada a estudar.
Descrição: Déficit de atenção

Estratégias na sala de aula para crianças Déficit de atenção ou TDAH
Descrição: Déficit de atenção
1-      Incrementar a imediata correlação entre prêmios e consequências.
2-      Quando não se comporta adequadamente na sala de aula, recomenda-se que se dê um tempo para meditar sobre o que fez (time out).
3-      Aconselha-se supervisão nos recreios e horários livres.
4-      Tentar evitar críticas e “sermões”. É preferível chamar-lhe a atenção de uma forma prudente e calma quando ela não tiver se comportando corretamente.
5-      Reforçar seu comportamento positivo com cumprimentos, reconhecimentos, etc.
6-      Sentá-la próximo da professora ou de algum colega que possa ser visto como um líder positivo.
7-      Firmar um “contrato de comportamento positivo” com ela, incluindo aquelas condutas que estão ao seu alcance.
8-      Motiva-la quando consegue reprimir um impulso, por exemplo, na sala de aula, quando consegue levantar a mão para responder ao invés de responder impulsivamente.
9-      Orientar a atenção da criança que tem Déficit de atenção para a tarefa que será iniciada. É importante ajuda-la a descobrir e selecionar a informação mais importante, organizá-la e sistematizá-la.
10-  É necessário dar a ela regras consistentes sobre o que deve fazer; as instruções devem ser parceladas. Em alguns casos é conveniente enumerar as instruções para que seja mais fácil para elas segui-las.
11-  As rotinas de trabalho devem ser claras. Devem ser evitadas, na medida do possível, variações imprevistas.
12-  Não é conveniente fazer atividades com limites de tempo. Isto pode favorecer condutas impulsivas.
13-  Permitir um tempo extra para completar seus trabalhos.
14-  Encurtar períodos de trabalho de modo a coincidirem com seus períodos de atenção.
15-  Dividir os trabalhos que lhes sejam dados em partes menores de modo que elas possam completá-los.
16-  Entregar os trabalhos um de cada vez.
17-  Reduzir a quantidade de deveres de casa.
18-  Dar instruções tanto orais como escritas.
19-  Estabelecer sinais secretos entre a criança e o professor para poder fazê-lo notar quando está começando a se distrair.
Descrição: Déficit de atenção
20-  É importante que estas crianças que têm Déficit de atenção ou TDAH estejam em ambientes de trabalho motivadores, com tarefas que sejam significativas para elas. Deve-se atrair o seu interesse e apresentar a ela tarefas que sejam desafiantes. Existia a crença que seria conveniente que crianças com Déficit de atenção ou TDAH estivessem em ambientes de trabalhos com poucos estímulos porque tudo lhes chamava a atenção; no entanto, agora se sabe que é importante proporcionar-lhes uma estimulação adequada, num ambiente que seja estimulante para estas crianças.

Estratégias didáticas para o ensino da Matemática

Estratégias didáticas para o ensino da Matemática

A elaboração de uma sequência didática prevê o diagnótico inicial do conhecimento do aluno e a definição clara de um objetivo de aprendizagem. Além disso, o professor deve enxergar a avaliação como instrumento norteador para suas futuras ações com a turma

1. A importância da aprendizagem significativa dos conceitos da Matemática
Descrição: Alunos da EMEF PROFESSOR OLAVO PEZZOTTI. Curso online de Matemática - Conhecimentos geométricos. Crédito: Marina Piedade
Quero propor algumas reflexões sobre as estratégias didáticas que os professores de Matemática podem utilizar para ajudar os alunos a construírem seus conhecimentos sobre a disciplina.

A aprendizagem no ambiente escolar deve permitir que o aluno compreenda o assunto por meio de exemplos ligados ao seu cotidiano para que, posteriormente, ele seja capaz de resolver problemas mais complexos. A aprendizagem que atribui significado ao conceito permite que os alunos tomem decisões com mais segurança e autonomia em diversas situações.

Chamamos de aprendizagem significativa essa intenção de propiciar aos alunos condições para os conhecimentos conceituais, procedimentais e atitudinais, favorecendo o desenvolvimento de competências e habilidades, valores e princípios éticos para atuarem na sociedade.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais dos diferentes níveis de ensino, publicados em 1998, 1999 e 2002, e outros documentos oficiais referentes à Educação no Brasil têm enfatizado a necessidade de focar o ensino e a aprendizagem no desenvolvimento de competências e habilidades por parte do aluno, em lugar de centrá-lo no conteúdo conceitual. Essa visão está em sintonia com uma tendência mundial fundamentada nos quatro pilares para a Educação propostos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco, sigla em inglês): aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a viver com os outros e aprender a ser.
2. Sequência didática é um bom instrumento para o professor
Descrição: Alunos da EMEF PROFESSOR OLAVO PEZZOTTI. Curso online de Matemática - Conhecimentos geométricos. Crédito: Marina Piedade
 
David Ausubel (1982) afirma que a aprendizagem significativa ocorre somente quando o aluno é capaz de perceber que os conhecimentos escolares são úteis para sua vida fora da escola. E, por isso, os professores precisam estar sempre atentos e refletirem sobre como ajudar os alunos a compreenderem a importância dos saberes escolares e a maneira de aplicá-los na vida em sociedade.

Para proporcionar a aprendizagem significativa, uma das estratégias é a sequência didática. Dolz e Schneuwly (2004) defendem que as sequências didáticas são instrumentos que podem nortear os professores na condução das aulas e no planejamento das intervenções. Além disso, os autores entendem que a sequência de atividades deve permitir a transformação gradual das capacidades iniciais dos alunos. As atividades podem ser concebidas com base no que os alunos já sabem e, a cada etapa, aumentar o grau de dificuldade, ampliando a capacidade desses estudantes.

Mas o que são sequências didáticas? Trata-se de um conjunto de atividades concebidas e organizadas de tal forma que cada etapa está interligada à outra. Ao planejá-la, o professor tem como objetivo ensinar um determinado conteúdo, começando por uma atividade simples até chegar às operações mais complexas. Ou seja, elas são elaboradas de modo a respeitar os graus de dificuldade que os alunos irão encontrar nas tarefas, tornando possível sua superação.

Para isso, é importante que o professor tenha claro quais as expectativas de aprendizagem ele deseja alcançar em uma determinada aula ou período (semana, mês, bimestre etc.).

A definição de expectativas de aprendizagem, encontrada em diversos documentos oficiais de secretarias de Educação, se baseia em critérios como: relevância social e cultural; relevância para a formação intelectual do aluno e potencialidade para a construção de habilidades comuns; possibilidade de estabelecer conexões interdisciplinares e contextualizações, acessibilidade e adequação aos interesses da faixa etária do aluno.
3. Cada etapa da sequência didática precisa ter objetivo claro
Descrição: Professora e alunos da EMEF PROFESSOR OLAVO PEZZOTTI. Curso online de Matemática: Sistemas de numeração.Crédito: Marina Piedade

Para desenvolver uma sequência didática, é preciso planejar suas etapas de acordo com a expectativa de aprendizagem. Eis alguns pontos que devem ser levados em conta pelo professor:
a. Compreender a situação-problema: ter clareza do que se pede no enunciado da atividade
Nesse momento, o professor poderá verificar o que os alunos sabem ou não sabem sobre o que se pede. Algumas pistas sobre as necessidades de aprendizagem dos alunos poderão ser identificadas, como dificuldades de leitura ou interpretação e compreensão dos enunciados de problemas.
b. Identificar os conhecimentos que estão no cerne da situação-problema
O professor poderá observar se os alunos reconhecem os conhecimentos trabalhados que estão propostos na atividade. É importante que as tarefas sejam elaboradas de tal forma que, em algumas delas, o aluno consiga notar imediatamente o conceito necessário para resolver a questão, uma vez que ele está explícito no enunciado. Em outras, o aluno precisa analisar o enunciado e identificar o que está sendo pedido, pois não há indicação clara sobre o conteúdo necessário para resolver a questão.
Para esclarecer, apresento dois exemplos de atividade em Matemática:
I) Sabendo que x é a medida da hipotenusa do triângulo retângulo ABC. Qual o valor de x?


Descrição: Figura para exercício de Matemática no artigo de Demerval Santos Cerqueira para o Palavra de Especialista. Divulgação 


Nessa atividade, mencionamos no enunciado algumas palavras-chave - triângulo retângulo e hipotenusa - que possivelmente levarão o aluno a utilizar o Teorema de Pitágoras para solucioná-la.
II) Do alto de um edifício, o Homem-Aranha observa um assalto que ocorre em frente a um prédio que está localizado do outro lado da avenida. Para pegar o criminoso, ele terá que lançar uma teia em direção à haste da bandeira, afixada na fachada desse outro edifício, conforme mostra a figura a seguir.


Descrição: Figura para exercício de Matemática no artigo de Demerval Santos Cerqueira para o Palavra de Especialista. Divulgação 


A largura da rua entre os prédios mede 14m e cada calçada ao lado dos prédios mede 3 m de largura. A haste da bandeira está a 9 m do chão e a altura do prédio onde o Homem-Aranha está é de 24 m.
Ao lado do Homem-Aranha há um pedaço de um encanamento que fica exatamente na extremidade da fachada do prédio. Ele prenderá a teia nesse cano e irá lançá-la até a haste da bandeira no outro prédio, deslizando por ela até prender os ladrões.
Qual será a medida desse fio de teia por onde o Homem-Aranha deslizará?

Nessa situação, não mencionamos no enunciado os conhecimentos matemáticos que poderão auxiliar os alunos a encontrar a solução. Uma possibilidade é o Teorema de Pitágoras, pois o fio de teia lançado e esticado será a hipotenusa do triângulo retângulo imaginário que podemos formar, considerando a distância entre as paredes dos prédios e a diferença de altura entre a haste da bandeira e a altura do prédio onde o Homem-Aranha está.
c. Decidir os procedimentos necessários para encontrar a solução da situação-problema
Uma vez que os alunos identificaram os conhecimentos envolvidos na proposta, eles adotarão os procedimentos necessários para encontrar a solução.
As observações e reflexões feitas pelo professor são essenciais para orientar e esclarecer dúvidas relacionadas aos conceitos e procedimentos adotados, que devem seguir determinadas regras para sua execução.
d. Verificar e/ou validar os resultados obtidos
Essa etapa é tão importante quanto as demais porque os alunos precisam verificar se a resposta encontrada de fato atende o que é pedido no enunciado.
Os alunos que fazem essa validação deixam de agir de modo "mecânico", apenas seguindo regras, e passam a ser indivíduos autônomos e conscientes do que fazem com reflexão, análise e ponderação. 
4. Antes de planejar a atividade, é preciso descobrir o que o aluno já sabe
Descrição: Professora e alunos da EMEF PROFESSOR OLAVO PEZZOTTI. Curso online de Matemática: Cálculo mental. Crédito: Marina Piedade

Antes de elaborar a sequência didática, o professor deve fazer um diagnóstico do conhecimento prévio desses alunos e, com base nesses resultados, formular as atividades com o objetivo de ampliar as aprendizagens. Conhecimento prévio é um conjunto de concepções, representações e conhecimentos adquiridos pelo aluno em experiências anteriores, que podem ter acontecido dentro ou fora da escola. Esses conhecimentos prévios determinam em boa parte o conjunto de informações que ele selecionará para tentar resolver as atividades apresentadas na aula.
As sequências didáticas também poderão articular outras atividades e disciplinas, criando situações para pesquisa, leitura, interpretação, análises, levantamento de hipóteses e tomadas de decisão e de validação.
Quando bem elaborada, a sequência didática privilegia os conhecimentos prévios dos alunos, permitindo que eles argumentem e apresentem hipóteses, o que também favorece a boa interação entre colegas e com o professor. Essas atividades devem instigar a curiosidade e motivar o aluno a aprender os novos conceitos.
5.  A avaliação ajuda o professor a definir os passos seguintes
Descrição: Jogo de tabuleiro de Matemática. Trilha de multiplicação e tabuada. Graziela De Muylder, professora, com seus alunos da Escola Balão Vermelho. Palavra de especialista com Ana Flávia Alonço Castanho, selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10. Crédito: Leo Drumond
Saber o que os alunos já conhecem também permite ao professor prever as possíveis dificuldades dos estudantes e preparar intervenções adequadas para serem utilizadas durante a sequência de atividades.
A avaliação tem papel importante porque ajuda o professor a refletir sobre os avanços na aprendizagem dos alunos. As aulas podem ser avaliadas de várias maneiras por meio de conversas realizadas durante o desenvolvimento da sequência didática, de atividades escritas individuais ou coletivas ou de observações feitas pelo professor, por exemplo.
É importante que o professor compreenda que as avaliações dos alunos expressam o que eles já aprenderam e apontam onde ainda precisam de ajuda. E é com base nessas informações que o professor poderá reorganizar suas ações didáticas e ajudar os alunos a superarem suas dificuldades.
Quer saber mais?
AUSUBEL, D. P. A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes. 1982.
DOLZ , J. e SCHNEUWLY, B. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita. Elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (francófona). In Gêneros Orais e escritos na escola. Campinas (SP): Mercado de Letras. 2004.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. BRASIL. Secretaria do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Matemática. 1º e 2º ciclos. Brasília.1997.
_____________________ Parâmetros Curriculares Nacionais.  Matemática. 3º e 4º ciclos do Ensino Fundamental. Brasília. 1998.
___________________ Parâmetros Curriculares Nacionais. Matemática. Ensino Médio, bases legais. Brasília.1999.
___________________Parâmetros Curriculares Nacionais - Matemática Ensino Médio. Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília. 2002.

 

DISTRAÇÃO OU DÉFICIT DE ATENÇÃO? ENTENDA A DIFERENÇA.

DISTRAÇÃO OU DÉFICIT DE ATENÇÃO? ENTENDA A DIFERENÇA.
 
Descrição: Distração ou déficit de atenção? Entenda a diferença.Existe um limite entre a pura e simples distração e o déficit de atenção (TDAH). E muito se engana quem pensa que o problema tem que estar sempre associado à hiperatividade. A psiquiatra clínica Evelyn Vinocur nos ensina que o quadro pode ser dividido em três tipos: predominantemente desatento, o predominantemente hiperativo-impulsivo e o combinado (que mistura os dois outros). Em princípio, você até pode confundir o TDAH de tipo desatento com uma simples distração natural. Mas, se conviver um tempo com a pessoa, você vai perceber que é uma qualidade diferente de distração, assinala a especialista. Como podemos diferenciar? Confira as principais diferenças entre cada um desses problemas: 

De olho nos sintomas

O primeiro diferencial entre desatenção e déficit de atenção é a duração: a distração comum é passageira, tem um início e um fim. Cessa quando cessa o estímulo que a causa, explica a psiquiatra clínica Evelyn Vinocur. Para o psicólogo Fernando Elias José, especialista em cognição humana, o principal sintoma é quando a falta de atenção começa a atrapalhar o dia a dia. Por exemplo, quando ela não consegue se concentrar de forma alguma em uma tarefa importante que exige atenção.De qualquer forma, existem alguns critérios para o diagnóstico: no caso do TDAH tipo desatento, o adulto ou a criança precisam apresentar, no mínimo, seis características marcantes de falta de atenção, como dificuldade de concentração em uma aula ou palestra, problemas de memória de curto prazo e facilidade para desviar a atenção de uma tarefa. Em caso de desconfiança desse tipo de diagnóstico, vale consultar um psiquiatra ou psicólogo e fazer o teste completo. 

Crianças merecem atenção!

Normalmente o déficit de atenção surge na infância, e dois terços delas costumam levar o problema para a idade adulta. Quanto mais cedo você descobrir o problema, melhor! Nas crianças os sintomas são um pouco diferentes do que nos adultos. A desatenção faz com que a criança passe a não entender todo o conteúdo das aulas e que, consequentemente, perca o interesse pelos estudos e até pela escola, uma vez que ela comete muitos erros por distração, não entende direito o que é falado, explica a psiquiatra Evelyn. Quando a criança começa a apresentar esse tipo de sintoma, vale os adultos ficarem mais de olho.Porém, como muitas vezes os pais e professores percebem o TDAH devido à hiperatividade, uma criança com o tipo desatento pode não ser diagnosticada, até porque ela pode conseguir executar suas tarefas e atividades, só precisará de mais energia para isso. 

O que pode tirar o foco

A distração pode ser causada por diversos tipos de fatores. Fome, problemas de difícil resolução e até mesmo um sapato apertado podem tirar sua atenção, enumera a psiquiatra Evelyn. Ter muitas coisas em mente também acaba tirando o nosso foco do aqui e agora, e isso é normal! Já no caso de uma pessoa diagnosticada com déficit de atenção, nem sempre a distração terá uma razão. Aliás, o que a motiva é uma questão neurológica: há uma desregulação na operação das regiões pré-frontal, fronto-estriatal, límbica e cerebelar, que são as áreas cerebrais responsáveis pela atenção e pelos impulsos, como nos ensina a especialista. Por isso, elas só respondem a tarefas com alto grau de motivação que ativam as áreas de prazer do cérebro. 

O que causa o problema?

No caso da TDAH, investiga-se ainda o que possa motivar o aparecimento do problema. Algumas evidências mostram que isso pode ser genético, como aponta a psiquiatra Evelyn. Não raro, um dos pais e/ou outros membros da família são diagnosticados como portadores de TDAH durante a consulta da criança, explica a especialista.Já a distração em si é causada por uma questão de automatismo. Algumas atividades acabam ficando fixadas em nossa mente pela repetição, é o que chamamos de memória implícita, explica o psicólogo Fernando Elias José, especialista em cognição humana. Por isso mesmo, ao fazer essas tarefas, como dirigir, nós não precisamos prestar 100% de atenção. E às vezes acabamos prestando nenhuma mesmo! 

Diferentes graus de prejuízo

Pessoas com déficit de atenção normalmente tem o cotidiano afetado pelo problema - tanto que esse é um dos critérios de diagnóstico! O TDAH é uma disfunção executiva, o que traz inúmeros prejuízos na vida da pessoa. No caso da criança, é comum que ela tenha dificuldade de manter atenção e seguir instruções, pareça não escutar e seja desorganizada. Já o adulto erra por desO distraído também precisa tomar cuidados! Se a pessoa não presta atenção ao trânsito, por exemplo, já que dirigir é um dos atos de memória implícita, ações causadoras de acidentes podem acontecer, como passar um sinal vermelho ou não perceber uma ultrapassagem. Muitas vezes uma mudança na rotina pode ser esquecida. Isso que acaba sendo a causa de pais esquecerem as crianças no carro, por exemplo. 

Formas diferentes de resolver

Para um desatento comum, a melhor forma de desligar o piloto automático é o óbvio: prestar mais atenção! Quando a falta de foco está atrapalhando o dia a dia, sair das situações de conforto é a melhor saída, explica o psicólogo Elias José. Se seu carro já o leva automaticamente ao trabalho, por exemplo, por que não mudar um pouco o caminho? A auto-observação é a melhor forma de fazer isso! Mas mexer o corpo também é útil. Já existem comprovações de que exercícios físicos podem ajudar na memorização e atenção, conta o especialista.No caso de quem tem déficit de atenção, esse tipo de técnica pode ajudar, mas sempre será preciso aliá-la com outros métodos. A medicação é a mesma para qualquer tipo de TDAH. Os psicoestimulantes são bastante eficazes para os sintomas de hiperatividade e impulsividade (em torno de 70-80%) e tem em torno de 50% de eficácia para a desatenção tanto nas crianças como nos adultos, relaciona a psiquiatra Evelyn.  

Mais de uma saída

O acompanhamento do transtorno de déficit de atenção normalmente é multidisciplinar e vai além da medicação. Muitos pacientes usam a psicoterapia focada e direcionada. No caso a terapia cognitiva-comportamental é o que costuma dar mais resultado nos pacientes, conta o psicólogo Elias José. Técnicas como coaching para TDAH também são alternativas.O neurofeedback também pode ajudar. O tratamento consiste em ensinar a pessoa a controlar alguns estímulos de seu corpo, através de um gráfico com linhas que mudam de posição conforme o estímulo correto ou errado, ou com a interface de jogo. A pessoa com TDAH tem uma alteração sinal eletroencefalográfico, que é captada pelo nosso aparelho. Usamos então um jogo, que tenha uma figura se mexendo. A figura só se moverá da forma correta quando a pessoa controlar esse sinal, explica Jerri Godoy, fisioterapeuta sênior do Centro de Reabilitação do Hospital Israelita Albert Einstein. 
Fonte: http://www.minhavida.com.br/bem-estar/galerias/16630-distracao-ou-deficit-de-atencao-entenda-a-diferenca/#carousel-galeria


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