O diagnóstico implica não só a frequência mas também a severidade dos sintomas no funcionamento nos contextos da vida da criança (em casa, na escola, com os amigos ou outro). Deve considerar que o impacto dos sintomas é variável de criança para criança, pode ser apenas ligeiro e transitório, ou ter grave interferência na vida da criança causando prejuízo no rendimento escolar, ajuste emocional e/ou social.
Fazer-se um questionário cuidadoso aos pais, sobre os comportamentos incluídos nos critérios de diagnóstico DSM-IV e se presentes, determinar para cada um a sua duração, frequência e gravidade. É necessário questionar acerca da idade de início dos sintomas, o contexto em que ocorrem e o seu impacto funcional, particularmente em termos de aprendizagem.
O plano terapêutico deve ter sempre em conta a necessidade de reconhecer o TDAH como situação crónica e com potencial de persistir na vida adulta; na maioria dos casos inclui farmacoterapia, associada ou não a terapia comportamental.
Há necessidade de aceitar e compreender o distúrbio, criando uma aliança terapêutica entre a criança, os pais, o médico e o professor; essa atitude visa, sobretudo, o esclarecimento e aconselhamento adequado de todos os intervenientes, que possibilite implementar mudanças de atitudes e adaptação a diversas situações, além de reforçar positivamente os comportamentos adequados.
O objectivo do tratamento é o controle dos sintomas de desatenção, hiperactividade e impulsividade, melhorando o desempenho académico e as competências sociais, permitindo dessa forma aumentar a auto- -estima da criança.
Podem considerar-se estratégias terapêuticas comportamentais e educacionais, apoio educativo individualizado ou, eventualmente, apoio educativo especial, actividades extra-académicas, terapia familiar e participação em grupos de pais ou de apoio da comunidade. Deve incluir-se uma prova terapêutica com um psico-estimulante, desde que não estejam contra-indicados, em associação a outras intervenções, individualizadas em função da heterogeneidade deste grupo de crianças.
A terapêutica comportamental diz respeito a modificações que devem ter lugar em casa, na escola e em qualquer outro local ou contexto em que a criança passe algum tempo do seu dia. A etapa fundamental é obter a compreensão e aceitação do problema, tendo sempre presente que não se trata de um problema disciplinar, ou dependente da vontade da criança.
É favorável a adaptação de expectativas e exigências, assim como a modificação de atitudes dos pais e professores/educadores, evitando a crítica frequente e situações que conduzam previsivelmente ao insucesso.
Deve sempre ser promovido o reforço positivo, valorizando comportamentos adequados e a pratica de atividade física para liberar tanta energia e terapia cognitiva comportamental para melhorar as habilidades sociais e impulsividade.
Preferencialmente o diagnostico deve ser feito por um neuropediatra ou um psiquiatra infantil, acompanhada de uma avaliação neuropsicológica para detectar o funcionamento de vários aspectos como: atenção, memória e QI etc...
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