terça-feira, 27 de setembro de 2016

ERROS E ACERTOS NA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DO TDAH INFANTIL.

Atualmente, tenho me deparado com a dificuldade, de alguns profissionais, no desenrolar da avaliação infantil que é realizada com o propósito de auxiliar no diagnóstico ou na exclusão de um diagnóstico de doença psiquiátrica, em especial do Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade - TDAH e suas comorbidades.



A primeira dificuldade que tenho observado está presente entre a grande maioria dos profissionais: dar importância à avaliação multidisciplinar.


Este tipo de avaliação envolve profissionais de diferentes especialidades da área de saúde (neurologista, psiquiatra, psicólogo, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo e outros) e, também, da área educacional (professor, diretor, coordenador). 

Nem sempre é necessário que a criança seja submetida a uma avaliação com todos os profissionais citados anteriormente, porém, somente após uma cuidadosa entrevista de anamnese o profissional poderá indicar aos pais quais especialistas serão necessários no processo avaliativo da criança.


Uma segunda dificuldade que tenho observado entre os profissionais é de incluir no processo avaliativo a investigação do comportamento da criança nos diferentes ambientes que ela frequenta: escola, atividades recreativas, atividades esportivas, casa de parentes e amigos, etc.

Analisar o comportamento da criança, em um único ambiente, impossibilita ao profissional conhecer verdadeiramente as reações da criança com as pessoas.


A avaliação comportamental, que geralmente é realizada pelo profissional da área de psicologia, consiste de visitas ou envio de questionários específicos, para os diferentes contextos. 

Em posse do material, o psicólogo os analisa minuciosamente e agrega aos demais instrumentos avaliativos: testes psicológicos, entrevistas estruturados, atividades lúdicas e outros.

Vale ressaltar que os instrumentos citados, em especial os testes psicológicos, colaboram com informações para o processo avaliativo, porém os resultados isolados não oferecem subsídios suficientes para o fechamento do diagnóstico.


Para o profissional todas as informações obtidas são de extrema relevância. Contudo, quando não realizado o comparativo com as fases de desenvolvimento natural da criança, tais informações poderão ser duvidosas e tendenciosas para o diagnóstico.

Essa é etapa é fundamental para que o profissional não transforme comportamentos naturais ou, normais, da infância em doença.


Para a finalização do processo avaliativo é indicado que os profissionais orientem a família o retornar ao médico (neuropediatra ou psiquiatra infantil) para que em conjunto decidam sobre a necessidade de se realizar exames complementares ou o uso de medicações.

Ms. Ana Larissa M. Perissini - Psicóloga Clínica.

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