O Transtorno de Déficit de Atenção e/ou Hiperatividade – TDAH é um transtorno que requer um olhar individualizado, pelos profissionais, envolvidos no tratamento e que devem se atentar ao diagnóstico realizado previamente.
No diagnóstico, que deve ser feito por uma equipe multiprofissional (médico, psicólogo, fonoaudiólogo, etc.), será identificado qual a predominância do transtorno (desatenção, hiperatividade e/ou misto), os subtipos existentes e, ainda, as possíveis comorbidades associadas.
O tratamento do transtorno, também, deverá ser diferenciado conforme a faixa etária do paciente (criança, adolescente ou adulto), podendo envolver um ou mais membros, entre eles: pais, cuidadores, escola, esposo (a), etc., ou, somente, o próprio paciente.
O número de profissionais envolvidos no acompanhamento, também, irá variar conforme o diagnóstico (tipo e subtipos), as comorbidades existentes e os problemas ocasionados pelo transtorno.
Finalizada a etapa diagnóstica, o paciente e as pessoas envolvidas no tratamento devem receber orientações específicas sobre o TDAH, incluindo informações sobre os tratamentos existentes e qual a melhor indicação, já que o tratamento deve ser personalizado.
No Brasil, até o momento, encontramos três frentes de tratamento para o TDAH: psicoterapia com enfoque na Terapia Cognitivo-Comportamental, medicação e neurofeedback (treino de atenção). Alguns pacientes poderão ter a indicação de apenas uma frente de tratamento enquanto outros terão a indicação das três frentes de tratamento.
A psicoterapia, com enfoque na Terapia Cognitivo-Comportamental, também, conhecida como TCC, trabalhará de maneira personalizada com cada paciente realizando a prevenção e/ou o tratamento dos problemas desencadeados pelo TDAH, o acompanhamento das alterações comportamentais emergidas do próprio transtorno (comportamentos naturais das alterações químicas deste transtorno) e com as comorbidades existentes (exemplo: depressão, ansiedade, dependência química, etc.). O profissional, também, poderá realizar orientações aos professores, familiares, cuidadores e para outras pessoas envolvidas na rotina deste paciente.
A medicação (metilfenidato, lisdexamfetamine e outros), que deve ser prescrita e acompanhada por um médico especialista em psiquiatria ou neurologia, poderá auxiliar o paciente a diminuir o número de problemas ocasionados pelo TDAH. É importante ressaltar que não são todos os pacientes que precisam da medicação, sendo indicada somente para crianças acima de 06 anos quando o acompanhamento: psicológico, educacional, social e familiar são insuficientes (conforme a associação francesa de TDAH).
O neurofeedback ou treino de atenção é um sistema educativo que integra a combinação de registro de energia cerebral, com exercícios de habilidades cognitivas e técnicas de modelação de comportamento. Os pacientes são ensinados a reconhecer e, também, a modificar hábitos e comportamentos que afetam negativamente o seu dia a dia.
Sendo assim, pacientes que suspeitem ser portadores de TDAH devem procurar profissionais especializados nesta temática para avaliar, diagnosticar e indicar o melhor tratamento que será sempre personalizado e adaptado à realidade do portador do transtorno.
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